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Investimento em plantas de cobertura retorna em produtividade

Espécies são eficazes para fixar no solo o nitrogênio do ar, que será utilizado pelas sementes que virão em seguida

Fonte: Canal Rural

As plantas de cobertura podem ajudar o produtor rural a diminuir o uso de fertilizantes. Ou seja, o uso da crotalária aumenta a produtividade da safra que vem em seguida e reduz os custos de produção. 

A pesquisadora da Embrapa Cerrados explica que cultivares como as leguminosas mucuna, crotalária e feijão bravo do Ceará são eficazes para incorporar, no solo, o nitrogênio do ar. A medida enriquece a terra para a próxima safra a ser plantada.

– Ele vem pro solo através de uma combinação da planta leguminosa com uma bactéria, a bactéria tem a capacidade de buscar esse nitrogênio. Quando é utilizado do fertilizante é extremamente caro: ureia, sulfato de amônio, nitrato… São fontes de nitrogênio caras, porque necessitam do petróleo pra sua fabricação – explica a pesquisadora da Embrapa Cerrados Arminda Carvalho.
 
Um experimento realizado pela equipe da Embrapa, com a coordenação da pesquisadora, concluiu que a plantação dessas leguminosas fixou 120 quilos de nitrogênio por hectare, que foram aproveitados para a safra de milho posterior. O resultado final foi a produção de duas toneladas a mais do grão por hectare.  Os benefícios também já são observados em outras áreas.

A produtividade da soja em uma área com cobertura de crotalária ficou em 11 sacas por hectare a mais na última safra, em comparação com outro espaço que teve cobertura de palhada de milho. O resultado foi determinante para o proprietário concluir que o investimento valeu a pena.

Neuro Matté conta que a escolha pela crotalária veio por ser uma planta que, além de fixar nitrogênio no solo, também controla nematóides, problema que ele tinha na fazenda e já foi reduzido. Há quatro anos, o produtor implementou a planta de cobertura, que hoje ocupa uma área de 240 hectares.

– A primeira coisa que a gente faz é avaliar o custo que a gente vai ter e o benefício. Já nos primeiros anos, a gente começou com uma área menor, a gente foi fazendo os testes, e a gente plantou milho no primeiro ano em cima da palhada de crotalária. Tivemos um bom resultado e, a partir daí, a gente vem fazendo ano a ano e tendo bons resultados – conta Matté.
 
Atualmente, ele planta dois tipos diferentes de crotalária e também já faz experiências com outras variedades, como aveia e braquiária. Para reduzir os custos, o produtor vende as sementes que sobram e otimiza o manejo.
 
– Tem um custo, sim, de implantação dela. Então, a gente vem associando a descompactação do solo, ao mesmo tempo já põe ela como planta de cobertura, aproveitando o mesmo trabalho. Posterior, em uma dessecação, passa o tritão pra triturar essa palha. Então, a gente tem um custo sim, mas a gente acha que vale a pena. Eu acho que, dentro do sistema, como um custo, é um investimento – define Matté.

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