Iniciando a série de entrevistas do Canal Rural com os candidatos a vice-presidente do Brasil, a senadora Kátia Abreu, da chapa de Ciro Gomes, do PDT, afirmou que não aceitaria ser ministra da Agricultura caso fosse eleita.
“Fui ministra (da Agricultura) e tive orgulho enorme em ser ministra, mas não pretendo e não quero exigir nada nesse sentido. Estou feliz com a possibilidade de ser vice-presidente”, disse, durante o telejornal Rural Notícias desta terça-feira, dia 11.
Indagada sobre como sua chapa resolveria o impasse sobre os preços mínimos do frete, a ex-ministra e ex-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) afirmou que o tabelamento é “inadmissível”. “Tabelamento de frete nunca funcionou em nenhum lugar do mundo. O problema é o preço do combustível. Temos que resolver isso de forma justa, na fonte, (que é) o preço do combustível”, disse.
Kátia Abreu disse que não considera a hipótese de diminuir a subvenção ao crédito rural. “(A produção agrícola) É uma atividade de altíssimo risco, a oscilação de preços varia muito no mundo e não temos controle sobre o clima”. Ela também afirmou que um eventual governo de Ciro Gomes tentaria avançar no seguro de renda ao produtor.
Para elevar a participação do Brasil no comércio internacional, a senadora disse que é preciso investir nas áreas de defesa sanitária e de pesquisa e inovação. “O Brasil também precisa ficar um pouco mais agressivo no que diz respeito a acordos comerciais. Até agora, chegamos no limite do que podemos fazer sozinhos, (nós) os produtores. O governo precisa colaborar, diminuindo a burocracia”, completou.