Uma pesquisa realizada em Goiás está tentando garantir que o maior pomar de jabuticaba do mundo tenha ainda mais produtividade. O foco do estudo está na seleção de plantas que produzam os melhores frutos.
O pomar está no município de Hidrolândia, e é formado por mais de 40 mil jabuticabeiras. As frutas são colhidas entre setembro e novembro. A produção média de cada pé é de 40 kg. A maior parte das jabuticabas produzidas ali é destinada ao consumidor final, mas o forte da propriedade é o turismo agrícola – são recebidas ali cerca de 60 mil pessoas por ano.
Parte dos pés de jabuticaba foi plantado ainda na década de 1950. A área dispõe hoje de sistema de irrigação, para elevar a produtividade. Segundo o dono da propriedade, Paulo Antônio Silva, na verdade a fazenda reúne cinco pomares da fruta. “A gente libera dois pomares para atender o turista e o restante a gente trabalha com o atacado”, conta.
Cada jabuticabeira leva dez anos para começar a produzir, e seu ciclo é curto. Para manter a sustentabilidade da propriedade, ali também são produzidos cajá-manga e mexerica, fazendo com que a fazenda tenha colheita o ano todo.
As jabuticabeiras são tema da tese de mestrado da professora universitária Leandra Regina Semensato. Ela está realizando um estudo para desenvolver plantas que deem frutos por um período mais prolongado durante o ano. Segundo a pesquisadora, as árvores da propriedade de Antônio Silva foram obtidas por meio de sementes, por isso levam mais tempo para começar a produzir.
“Nós separamos uma quantidade de plantas e, entre elas, vamos verificar quais as mais produtivas e as que têm frutos de maior qualidade”, diz a professora.