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Manifestações do MST crescem em 2015

Segundo MDA, bloqueios de estrada e invasões a prédios públicos no primeiro semestre de 2015 já superam números dos 12 meses de 2014

Fonte: MST

As manifestações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) estão maiores em 2015. Dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) mostram que, enquanto em 2014 foram registrados 62 bloqueios de rodovias, neste ano, somente no primeiro semestre, o número chega a 81. No quesito ocupação de prédios públicos, foram 54 de janeiro a dezembro do ano passado contra 56 nos primeiros sete meses de 2015. A disputa de terras no campo provocou nove mortes neste ano, mesmo índice apresentando no ano passado.

No campo, o movimento invadiu 58 imóveis rurais até o momento. Em 2014, foram 199. Os dois casos mais recentes acontecem no Paraná, um em Londrina e outro em Castro. Nas duas cidades, o MST ocupa fazendas que são destinadas para pesquisas agropecuárias.

Na avaliação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade que representa os trabalhadores rurais, as invasões em fazendas destinadas à pesquisa não é o melhor caminho para defender a reforma agrária.

– Acho que não é a forma mais procedente destruir a pesquisa, embora nós saibamos que algumas estão sendo feitas nem sempre vem para beneficiar a agricultura familiar e o país. Há interesses enormes de grandes grupos econômicos, mas nós precisamos tomar uma atitude mais firme em outros espaços de debate, para que não seja, inclusive, jogado contra a opinião pública e a sociedade – argumenta o presidente da Contag, Alberto Broch.

Já para o diretor do Departamento de Financiamento da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA, João Luiz Guadagnim, as manifestações são válidas.

– Toda manifestação é apoiada porque entendemos como legítima. Claro que os exageros eventuais são tratados na esfera própria. Nós entendemos que a sociedade brasileira deve muito aos agricultores, especialmente aos sem terra. Nós temos um contingente grande de terra que ainda não é utilizado para a produção – justifica Guadagnim.

Por meio de nota, o MST informou que um dos motivos para o crescimento de manifestações neste ano é o descaso do governo com a reforma agrária e que a principal reivindicação do movimento é o assentamento das 120 mil famílias acampadas em todo o país.

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