Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Mapa descarta fiscalização privada de abates

Decisão está no documento com propostas para reestruturar o Sisbi-POA

Fonte: Ascom do MPT-RS

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) descartou a possibilidade de médicos veterinários privados inspecionarem os abates nos frigoríficos, o que coloca em xeque o modelo utilizado por Santa Catarina e Paraná.

A decisão está no documento que propõe as diretrizes para a reestruturação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) apresentado hoje, dia 29, pelo Mapa. Segundo ele, a ideia de utilizar veterinários privados é “equivocada”. 

O Sisbi tem por objetivo padronizar os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal, equivalendo o serviço de inspeção estadual ao federal, permitindo a venda para outros estados. Para obter a certificação, estados e municípios precisam comprovar que têm condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal da mesma forma que o Ministério da Agricultura. 

O Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), órgão que reúne as entidades de defesa agropecuária de todo o país, criticou a decisão de não permitir o trabalho de veterinários privados na inspeção e disse que vai pressionar pela revisão da posição.

Os defensores da privatização dizem que a medida permitirá que os serviços de fiscalização cheguem a mais plantas, além de diminuir os gastos dos estados e do governo federal com a tarefa. Fiscais agropecuários estaduais e federais são contra, afirmando que ela será prejudicial à saúde dos consumidores.

Somente Santa Catarina possui permissão para utilizar fiscais privados, sendo que o atestado emitido vale apenas a produtos vendidos no mercado interno.

Hierarquia

Além da questão da fiscalização, o documento do Mapa trouxe outras decisões, como o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) sendo o gestor nacional do Sisbi, para estimular a adesão dos responsáveis locais pela inspeção animal ao sistema.

– Dessa forma, o Dipoa manterá todas as suas prerrogativas atuais, bem como atuará como órgão disseminador de informações e normativas técnicas, conferindo padronização das ações de inspeção de forma nacional – afirma, em nota, o coordenador geral de programas especiais da coordenação geral de programas especiais do Dipoa, Maurício Goes.

Outro ponto é a criação de mecanismos de auto sustentabilidade para o Sisbi em todos os âmbitos do estado brasileiro, como forma de assegurar recursos para realização dos controles relativos à inspeção de produtos de origem animal. De acordo com a proposta, devem ser considerados a previsão de repasses sistemáticos de recursos da União, a viabilidade da cobrança de taxas e a realização de parcerias estratégicas com órgãos de atividades afins.

As diretrizes estarão abertas para consulta ao público e para sugestões até o dia 22 de novembro.

Sair da versão mobile