O Programa Pró-Estradas vai ser dividido em três etapas: construção, reconstrução e manutenção das rodovias estaduais.
– Precisamos restabelecer as condições de trafegabilidade nas rodovias, trazendo elas para condições adequadas e mais segura para os usuários. O programa também visa evitar que a gente precise reconstruir as rodovias, porque o que faltou no passado foi isso. Além da qualidade da obra ter sido ruim, não teve manutenção – diz o secretário Marcelo Duarte Monteiro.
Dos quase 30 mil quilômetros de rodovias, apenas cinco mil estão pavimentados. O secretário estadual de Infraestrutura diz que as más condições das estradas é um dos principais passivos herdados do governo anterior.
– Hoje a nossa estimativa é de R$ 1,6 bilhão para a recuperação total das rodovias destruídas. Eu vejo que 85% delas estão acabadas – diz Monteiro.
A MT-485, por exemplo, só está trafegável neste momento porque começou o período de seca e pelo esforço do produtor rural Valter João Lorenzi que, junto com outros agricultores, tenta arrumar a estrada todo ano.
– Todo ano é um sufoco, para fazermos as estradas temos que tirar dinheiro do bolso. A gente não precisava disso porque já pagamos um monte de impostos, não é? – questiona o produtor.
Todos os anos, os produtores se reúnem em mutirão para fazer a manutenção da estrada, dividindo os custos com patrola, cascalho, alimentação dos operários, entre outros custos, como conta o produtor Ailan Jonas Daimolin.
– O Estado nunca apareceu para nos ajudar, o abandono é total. A gente sobrevive porque tem pessoas de coragem que querem fazer bem-feito – diz Daimolin.