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Mercado de fertilizantes cresce no Brasil em 2014

Apesar do aumento, setor convive com entraves para regularização dos defensivosO mercado de defensivos é extremamente importante no Brasil. Com clima tropical e até três safras, as lavouras são susceptíveis a pragas.

Em 2014, a ferrugem asiática e a helicoverpa armígera continuaram atormentando o produtor rural, o que fez as vendas de defensivos aumentarem. O mercado se espandiu e dados apontam crescimento de até 6,5% no faturamento, cerca de US$ 12 milhões.  

– Esse dado é positivo tanto para o setor de fertilizantes quanto para a agricultura. Isso quer dizer que a agricultura aplicou tecnologia para ter a produção e a produtividade necessária, além de atender a demanda nacional e internacional de alimentos. É um esse cenário favorável – afirma o diretor executivo da Associação dos Misturadores de Adubos (Ama), Carlos Florence.

Segundo o executivo, alguns Estados consomem mais produtos e ajudam a alavancar os números.

– Mato Grosso, hoje, é o Estado que mais consome fertilizantes no Brasil em função da área plantada de soja e milho, que são extremamente representativas. Depois o Estado do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, que teve um crescimento menor em função da cana-de-açúcar que atravessa um período complicado – diz Florence.

A burocracia continuou prejudicando a aprovação de novos produtos. De acordo com a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), foram aprovados 110, mas na fila existem mais de 1.400.

– Se continuarmos nessa morosidade, vamos levar 10 anos para inovar e incorporar ciência e tecnologia para o agronegócio brasileiro, que é carente destas novas moléculas e novos produtos. Nossas pesquisas são a nível internacional, mas a lentidão da regularização atrapalha nosso desenvolvimento – explica o diretor da Andef, Eduardo Daher.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explica que existem alguns entraves para acelerar os trabalhos de aprovação de novos produtos

 – As dificuldades enfrentadas são vinculadas a qualificação dos dados que nos são apresentados. Também vinculadas a necessidade de informações adicionais dos registrantes. O número de servidores que a gente tem é aquém daquilo que a gente gostaria de ter ou precisaria ter – explica a gerente geral de

Segundo Ana Maria, para 2015 a situação não deve mudar muito em relação a liberação de novas moléculas.

– Temos procurado solicitar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), órgão que tem competência para definir prioridades agronômicas, que nos determine dar prioridade para registros dos produtores de baixa toxicidade. Assim, iremos estimular a utilização desses fertilizantes, além de produtos orgânicos – diz.

Segundo Florence, mesmo com cenário que pareça menos favorável, o consumo de produtos deve continuar crescendo.

– A demanda por alimentos da China, países Europa e o próprio Estados Unidos vai continuar. A situação da pecuária é favorável e, além disso, hoje a tecnologia é muito versátil e atende muito agricultor – conclui o executivo. 

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