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Diversos

Milheto é alternativa para alimentação de animais, cobertura do solo e adubação verde

Cereal vem ganhando espaço inclusive no Matopiba, como mostra reportagem da TV Balsas

Seja como planta para cobertura de solo no plantio direto, adubação verde ou pastejo, o milheto vem sendo cada vez mais utilizado no Brasil. A cultura vem ganhando espaço até mesmo na região do Matopiba, como mostra reportagem da TV Balsas.

O milheto é uma gramínea de cultivo no período de veraneio, que apresenta excelente rebrota após corte ou pastejo. Em comparação com o milho e o sorgo, requer mais calor para germinar e se estabelece de maneira uniforme na lavoura.

As exigências térmicas e hídricas ideais para a planta de milheto são temperaturas noturnas médias entre 15 ºC e 28ºC, e mínimo de 30 milímetros de água para o nascimento dos grãos.

milheto
Foto: Sandra Brito/Embrapa

O grão se adapta perfeitamente à região do Cerrado. A semeadura em sulco, realizada com semeadora ou a lanço, ocorre no pós-colheita da primeira safra de milho ou soja, em meados de março.

O ciclo normal do milheto varia entre 130 e 140 dias. O cereal tem valor proteico superior ao do milho e do sorgo, chegando a 15% de proteína bruta. Também apresenta boa palatabilidade e digestibilidade de até 78%.

O milheto não deve ser encarado como concorrente do milho e do sorgo na safrinha. Cada cultura tem suas características próprias e apresenta bons resultados, dependendo dos tratos culturais. O que deve ser levado em conta na hora do plantio é a finalidade da cultivar e o custo-benefício.

Os irmãos Marcos e Marcelo Sandri têm uma área de cultivo de 6.080 hectares em Balsas, no Maranhão. Desses, 5.400 hectares são de sequeiro, divididos entre soja e milho; o restante é destinado ao cultivo irrigado na produção de sementes. Ao final da primeira safra, pouco mais de 3.000 hectares são ocupados com milheto consorciado com Brachiaria brizantha, fazendo a rotação de cultura no sistema lavoura-pecuária e aumentando a fitomassa da área para proteger a biodiversidade do solo.

Os talhões onde o milheto desenvolveu bem estão sendo colhidos com uma produtividade média de 15 sacas por hectare. Um resultado satisfatório, diante dos preços atuais praticados no mercado de grãos. Se comparado aos preços da safra passada, o valor da saca de milheto praticamente dobrou em 2021. Um excelente negócio para quem tem o produto em estoque disponível para a venda.

Com o mercado de grãos em alta, os produtores rurais do sul do Maranhão seguem otimistas com as perspectivas do agronegócio, principalmente depois da divulgação do Plano Safra 2021/2022.

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