As armadilhas nas lavouras de soja em Minas Gerais confirmam o aparecimento da Helicoverpa armigera em vários estágios. Os produtores estão aprendendo a lidar com a lagarta. O monitoramento das pragas entrou de vez no dia a dia do produtor. A zona rural está em estado de emergência por causa da praga desde 2013.
O gerente da fazenda Buriti, Adalberto Gatto, diz que aprendeu a lidar com a Helicoverpa. “O manejo dela é muito fácil. Ou mata ela no ninho ou vai conviver com ela até o fim da cultura, então a gente está tentando matar ela novinha, no ninho”, afirma.
No ano passado, segundo Gatto, foram quatro aplicações de defensivos, com o custo chegando a mais de R$ 300 por hectare. Neste ano, o controle biológico é a primeira opção na hora de controlar a praga nos 5 mil hectares de soja.
“O vírus a gente aplica no inicio quando começam a aparecer as mariposas. Estamos fazendo aplicação e, sete dias depois, repete meia dose do vírus na primeira e meia na segunda. Daí, ele automaticamente vai se multiplicar na lavoura”, afirma o gerente.
Para o engenheiro agrônomo Leonardo Cardoso, que trabalha como consultor da fazenda, o clima seco neste ano, com chuvas localizadas, favoreceu o desenvolvimento de mariposas e lagartas. Por isso monitorar é uma arma eficaz para saber a hora exata de agir.
“A gente começa com produtos mais baratos no inicio. Se for o caso de aumentar a população, a gente entra com produtos mais fortes. No caso produtos químicos, estamos tentando trabalhar de uma forma mais barata, que funcione bem de forma preventiva”, afirma.