Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Ministério Público Federal pede banimento do benzoato de emamectina

Ação tem como argumento decisão da Anvisa que classifica o produto como altamente tóxico; produtores de soja e algodão estão preocupados

Fonte: Abapa/Divulgação

Entidades do agronegócio e produtores temem que o Brasil sofra um novo surto da lagarta Helicoverpa, como o ocorrido em 2013. A razão desse receio é que o Ministério Público Federal pediu à Justiça que derrube portaria do Ministério da Agricultura que autoriza o uso do benzoato de emamectina em locais em estado de emergência, devido à presença da praga. A ação preocupa produtores de soja e de algodão, que não têm um substituto à altura para utilizar no controle da lagarta.

De acordo com o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Alan Malinski, as lavouras vão perder produtividade com o banimento do benzoato. Os agricultores, diz, terão que usar uma combinação de outros produtos, que não são tão eficientes e que aumentariam os custos. 

Para o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, em 2013, o setor algodoeiro teve prejuízo de R$ 14 bilhões antes da liberação do produto no país. “Vamos ter que repensar a cultura do algodão, porque é quase impossível conviver com a Helicoverpa sem o uso do benzoato de emamectina hoje”, acredita.

A ação movida pelo Ministério Público tem como argumento uma decisão da Anvisa, que classifica o benzoato como altamente tóxico, podendo causar prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente. O Ministério da Agricultura, por sua vez, informa que, tecnicamente, a importação de agrotóxicos com essa substância é legal. A posição teria como fundamentos uma lei, um decreto e uma portaria. Por meio de nota, a pasta alegou que ainda não foi notificada pela Justiça e que, atualmente, apenas em Mato Grosso há uma proibição para uso do produto.

Atualmente, três ministérios precisam aprovar a liberação de agrotóxicos: Agricultura, Meio Ambiente e Saúde. Mas o setor produtivo quer mudanças e, por isso, sugere a criação de uma comissão única para decidir sobre a liberação dos produtos.

Malinski, da CNA, afirma que o colegiado seria similar à CTNBio, unindo profissionais que agilizariam o processo de aprovação de registro. “(A proposta) Já está no ministério há um bom tempo e acredito que deva ter novos rumos em breve”.

Sair da versão mobile