O mercado é regido pela lei da oferta e demanda, e com morango não é diferente. No início da colheita, a caixa era vendida a R$ 20, mas, conforme a colheita avança e a oferta no mercado aumenta, o preço praticamente despenca.
O produtor Sebastião Silvério de Oliveira conta que os gastos aumentam a cada ano e com isso fica cada vez mais difícil lucrar. “Com a inflação do jeito que está tudo afeta, porque o morango não é uma coisa necessária na mesa então com todo mundo gastando menos pra gente isso é muito complicado”, explica.
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Nesta semana o valor está em R$ 9. Mas para aumentar o rendimento, produtores como o Sebastião fazem o próprio frete, o que rende R$ 0,50 a mais por caixa. Ao todo, o agricultor produz 150 mil caixas por safra.
No interior de São Paulo, em Atibaia, não chove há mais de dois meses. A produção de morangos já entrou na fase crucial para a formação das mudas, como é o caso da produção de Sebastião Silvério de Oliveira, que sabe a importância do manejo adequado neste período.
“O morango gosta de bastante frio, então daqui para frente a gente acaba não tendo esse frio com o morango, mas se tem calor aí você tem que compensar com o manejo certo, com água, com tratamento. Como se fosse com uma criança, você tem que ter uma dedicação e zelo maior com essa planta”, afirma o produtor.
A colheita por aqui segue até o início de novembro. Por causa do clima favorável, a região de Atibaia é grande produtora da fruta. São três milhões e 500 mil pés. Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores de Morangos de Atibaia, Osvaldo José Maziero, até agora 30% de toda a produção já foi colhida.
