O caso ganhou destaque porque ocorreu no mesmo período em que 1.400 cavalos da raça Quarto de Milha foram interditados no Parque Fernando Cruz Pimentel, em Avaré, com suspeita da doença. Com a mudança na legislação, os animais passaram por testes de maleína e foram liberados.
O criador lamenta a morte dos animais e conta que conseguiu por decisão judicial impedir o sacrifício de outros dois cavalos da raça brasileira de hipismo. Outro cavalo segue isolado em uma das baias do haras.
Segundo a Secretaria de Defesa Agropecuária de São Paulo, entre março de 2013 e março deste ano, foram registrados no estado, 1.500 casos suspeitos de mormo. Destes, 65 tiveram resultado positivo e 53 animais foram sacrificados. Além disso, 13 propriedades foram interditadas e dessas, sete estão liberadas.
Em Campinas (SP), o chefe dos fiscais da vigilância agropecuária de São Paulo, José Eduardo Alves de Lima, afirmou à equipe do Canal Rural que os animais de Malzone estavam doentes e que o haras vai continuar interditado. Ele reconhece que os testes de maleína estão sendo substituídos por outros, reconhecidos pelo Ministério da Agricultura e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O chefe da divisão de sanidade dos equídeos do Ministério da Agricultura, Egon Vieira da Silva, diz que o teste de fixação de complemento vai continuar sendo usado para identificar os casos de mormo e o exame de maleína pelo western blotting.
O criador Malzone diz que todos os prejuízos causados até agora com o sacrifício dos animais e a interdição do haras serão cobrados na justiça.