Os atos foram organizados pela Central Única de Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e diversas lideranças sindicais.
Em São Paulo, os manifestantes se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e seguiam em passeata em direção ao centro, até a Praça da República. A Polícia Militar (PM) estima que 9 mil pessoas participam do ato, enquanto os organizadores estimam 40 mil.
O representante da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antonio de Moraes, destacou a unidade dos protestos que ocorrem hoje em várias capitais do país.
– Trabalhadores do campo e da cidade dizem que paralisar a Petrobras é paralisar o Brasil. São cerca de 1,5 milhão de empregos que giram em torno da indústria do petróleo. Entregar o pré-sal é um crime, e o povo não permitirá – afirmou.
Segundo Moraes, é preciso apurar e punir os responsáveis pelos esquemas de corrupção na empresa.
No Rio de Janeiro, o ato ocorreu na Cinelândia. Parte dos manifestantes seguiu até à sede da Petrobras, na Avenida Chile, para um abraço simbólico.
O ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, falou contra qualquer tentativa de tirar o governo.
– Não haverá um novo 64 [golpe de 1964]. A direita não passará! Estamos aqui para defender a Petrobras – disse ele para os manifestantes.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile, foi o último a falar. Ele disse que a crise pela qual o país passa é culpa dos capitalistas.
– Não podemos fazer uma política de superávit primário, para pagar juros aos bancos. Não vamos aceitar a redução de direitos – afirmou.
Stédile defendeu a Petrobras e disse que a mídia tenta manipular o povo dizendo que os ex-diretores acusados de corrupção são de esquerda, quando, para Stédile, “eles são só ladrões”. Ele defendeu também a reforma política como solução para a corrupção e chamou o povo às ruas.