Uma medida provisória que trata da simplificação do ambiente de negócios está em votação no Congresso. Em debate na Câmara dos Deputados, o texto recebeu uma emenda que pede a revogação da lei que estabelece o fim do piso salarial para agrônomos e médicos veterinários. O assunto tem recebido críticas de entidades que representam esses profissionais.
Kleber Santos, presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), é mais um representante do setor contrário à emenda.
“O trabalho do engenheiro agrônomo não pode ser regulado apenas pelas regras de mercado. Ele será um profissional qualificado e o salário é uma indicação para o mercado de trabalho. Sabemos da importância do desenvolvimento dos negócios do país e da liberdade econômica, mas é preciso manter relações para valorização deste profissional, e por isso, somos contra essa emenda”, afirma.
Ainda segundo Santos, o projeto é prejudicial não só para os profissionais da área, mas também para os estudantes que pretendem seguir na carreira.
“Sem dúvida isso pode desestimular. O jovem passa cinco anos estudando, em busca de formação de qualidade, mas quando ele chega ao mercado, ele também precisa ter a valorização profissional. Não podemos submeter o jovem profissional há uma simples regulação de mercado”, ressalta o presidente do Confaeb.