A expectativa é que o El Niño – aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico Equatorial – traga chuvas regulares a Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país, aumentando a produção de grãos.
– Esse El Niño é favorável a essas culturas, na medida em que você precisa de mais chuva. Obviamente, dependendo da época da colheita, se estiver colhendo, você pode atolar caminhão, há que se tomar cuidado. Mas do ponto de vista de agora, da época de plantio até o final do ano, para os três estados do sul é favorável, porque tem chuvas previstas acima do normal – diz o meteorologista Antônio Divino Moura.
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No entanto, o aumento na oferta de grãos deve levar a uma redução dos preços dos contratos futuros, uma vez que há perspectiva de grande produção de commodities por parte dos Estados Unidos. O bushel da soja, que está em US$ 9, pode desvalorizar ainda mais.
A produção de café também pode ser favorecida com as chuvas mais regulares. O único receio, apontado por especialistas, é que as frentes frias prejudiquem a cultura.
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No caso das lavouras de cana-de-açúcar a chuva excessiva pode atrasar a colheita, de acordo com as consultorias especializadas, que também apontam que a situação pode levar a um aumento dos preços do açúcar.