Associações e indústrias ligadas à agricultura irrigada de todo o país oficializaram nesta quinta-feira (9) em Brasília a criação da Rede Nacional de Irrigantes (Renai). A nova entidade irá representar esse setor agropecuário e pretende fazer a interlocução dos irrigantes com a sociedade
A entidade conta inicialmente com 81 entidades do setor produtivo. Na reunião da fundação, foi criado um conselho para chefiar a Renai, que tem como seu primeiro presidente Luiz Roberto Barcelos.
“É uma instituição que pretende defender os legítimos interesses desse setor. É um setor moderno, que está vindo aí para revolucionar a agricultura usando tecnologia […] mas que ainda não tem uma instituição que o represente, que tenha esse contato e essa interlocução com o governo, com o Congresso, com a mídia, com a sociedade civil”, disse o dirigente recém-empossado.
O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Cerrados, Lineu Neiva Rodrigues, também fundador da Renai, destaca algumas ações que são prioritárias e devem ser levadas a parlamentares e ao governo federal. “Vamos entregar uma carta onde há algumas pautas, alguns projetos de lei que a gente precisa refinar, melhorar. A gente põe lá a criação de um conselho nacional de irrigação, algumas coisas que podem ajudar a avançar melhor nessa pauta”.
Celestino Zanella, produtor de algodão no oeste da Bahia, ressalta o papel de integração da nova entidade e o apoio à execução de uma política de longo prazo à agricultura irrigada.
“Quando nós começamos a trabalhar com a ideia de criar uma rede nacional de associações de irrigantes, pensamos que tínhamos que extrair o melhor de cada região do país para fazermos políticas públicas de uso de água. Estamos apoiando a criação da Rede Nacional de Irrigantes para que possamos fazer uma política de longo prazo e que seja mais perene possível”, afirma.