Uma nova variedade de algodão criada pela Monsanto deve chegar em breve ao mercado com a proposta de aumentar a produtividade e facilitar a vida do produtor. Os testes são realizados em uma fazenda em Campo Verde, no Mato Grosso, e usam o germoplasma, que é o DNA da planta, e aplicam a biotecnologia desenvolvida nos laboratórios.
“Temos sempre buscado avaliar como cada um dos materiais tem se comportado nas diferentes regiões, diferentes épocas de plantio, com diferentes populações , doses de reguladores de crescimento e também para avaliar materiais que vão melhorar a qualidade fibra, potencial produtivo e resistência”, disse Luciano Átila de Melo, coordenador tecnológico de algodão da Monsanto.
O projeto demora quatro anos para ficar pronto e ser entregue nas mãos dos produtores. “Ele começa com mais de 60 variedades. Para passar para um segundo, onde a gente já coloca o manejo, passamos a ver como responde essa material quando plantamos em datas diferentes e quando trabalhamos com populações diferentes. Conseguimos analisar se esse material é ou não sensível ao regulador e se tem atributos que mais se exige no mercado, como nível de produtividade, qualidade, desenvolvimento em fibra e comportamento para doenças”, comentou Silvina Lugán Rojas, gerente técnica de algodão.
Segundo Silvina, todo o material que realmente cumprir esses atributos passa para outra etapa. Caso não atinja os níveis desejáveis, esse material é descartado. Quando o material chegar ao terceiro ano, a empresa desenvolve faixas de testes para que, no quarto e último ano, possam disponibilizar par o produtor.
A novidade será lançada em setembro e, por se tratar de um novo produto, os resultados ainda são sigilosos. Segundo Luciano, no entanto, o novo algodão tem registrado alta produtividade. “Iniciamos a colheita em algumas áreas e o que temos visto é que uma área de segunda safra, plantada em meados de janeiro, expectativa é de produtividade em torno de 280 a 300 arrobas por hectare, acima da média estadual de produtividade do Mato Grosso, principalmente quando se fala em algodão segunda safra, que permite o agricultor trabalhar a soja e aumentar a rentabilidade.”