Ainda não existe uma data definida para que as regras passem a valer, mas a previsão é de que seja ainda este ano. Os produtores que utilizam a água para a irrigação estão preocupados. No interior do Estado, as novas regras consideram estado de alerta quando no rio Atibaia a vazão ficar entre 4 e 5 m³ por segundo. No rio Camanducaia, entre 1,5 e 2 m³ e no rio Jaguari, entre 3 e 5 m³ por segundo.
Se os índices ficarem abaixo do estado de alerta, começa o estado de restrição. Ficou determinado que a captação diária de água para irrigação deve ser reduzida em 30% ou suspensa entre 12h e 18h.
No trecho mineiro da bacia do Jaguari, as normas definem estado de alerta quando a vazão estiver entre 2,52 e 5 m³ por segundo. Se entrar em estado de restrição as regras são as mesmas do interior de São Paulo. Para quem trabalha no campo, a restrição de água pode prejudicar diversas culturas.
– Tem que lembrar que a verdura que sai do campo também é para o sustento humano, então não adianta colocar restrição alegando que o produtor é o maior consumidor de água – diz o produtor de hortaliças e frutas, Cezabenildes Amaral.
Segundo o presidente da Pró-Flor, Ciro Kaomura, as restrições podem trazer prejuízos e demissões.
– Vai ficar complicado para os produtores de flores. Chovendo ou nã,o é feito o uso da água e essas restrições pode fazer com que alguns produtores desistam da cultura – diz.
O secretario de Agropecuária e Abastecimento de Atibaia, Alcides Ribeiro de Aleida Junior, entende que todos, inclusive a agricultura, precisam ajudar nesse momento.
– A gente espera que essa restrição seja pouco usada. Nós e os produtores estamos torcendo para que isso não aconteça – salienta.
A ANA vai receber até o dia 1º de dezembro novas propostas que podem alterar essas regras. O presidente da ANA, Vicente Guillo, diz que a preocupação é manter a produção agrícola.