Um novo surto de peste suína africana começa a preocupar produtores da China. Autoridades no país detectaram mais de mil suínos infectados com duas novas cepas que não são letais quanto aquelas registradas no passado, mas causam uma doença crônica que reduz o número de leitões recém-nascidos saudáveis.
De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o surto ainda é um caso isolado e não há grandes chances de se transformar em uma pandemia. “Isso aconteceu no 4° principal produtor do país, então as medidas sanitárias são mais exigentes. Além disso, a China já teve problemas sérios, por isso vai buscar controlar de maneira mais eficiente essa nova variante”, relata.
Caso o país não consiga controlar a doença e ela se alastre, o projeto de recomposição do plantel chinês será afetado, e, consequentemente, vai demandar carne importada por um período mais longo do que o previsto, o que beneficiaria o Brasil.
Outra preocupação é em relação à gripe aviária na Europa, que já dizimou algumas granjas na França e chegou na Suécia. “A Europa é um player importante porque exporta bastante. Se ela não consegue exportar e nem produzir para o mercado interno, a tendência é que haja mais mercado para outros grandes produtores, como o Brasil”, finaliza.