Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Obrigatoriedade de refúgio para tecnologia Bt mostra pouco avanço

Grupo de trabalho responsável ainda não conseguiu regulamentar a prática no Brasil e apenas oferece recomendações técnicasCriado há menos de um ano, o grupo de trabalho responsável por regulamentar a adoção do refúgio para cultivares com a tecnologia Bt, que possui resistência à lagarta, mostrou poucos resultados. Até agora os avanços vieram em forma de recomendações para os produtores. 

Fonte: Canal Rural

• Entenda a importância do refúgio para preservação da tecnologia Bt

Mas as principais entidades do agronegócio querem uma legislação que dê suporte para uma fiscalização efetiva no campo. As recomendações definem o tamanho do refúgio dentro das lavouras com tecnologia Bt, resistente a lagartas, que no caso do milho deve conter 10% de plantas sem a tecnologia e de 20% no caso da soja.

O grupo de trabalho, que é formado pelo Ministério da Agricultura, pesquisadores, empresas e entidades ligadas à produção de soja, milho e algodão, alerta para que os produtores entendam o refúgio como uma área para produção de insetos.  O manejo deve ser diferente de uma lavoura convencional para garantir a eficiência da tecnologia e evitar a proliferação de lagartas resistentes à proteína Bt.

Um dos eixos do Plano Nacional de Defesa Agropecuária é a criação de um marco regulatório para este tema, onde vão entrar detalhes técnicos, normas para proteger as lavouras e as novas tecnologias. Somente assim a fiscalização nas lavouras terá suporte jurídico.

– Nós estamos em uma fase de elaboração dos primeiros anos do PDA, para que a gente envie isso ao Congresso Nacional, para que possa contemplar o código de defesa – explica o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel.

Implantação

De acordo com o diretor da Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrass), Carlos Augustin, as empresas detentoras de tecnologia pressionam para que os sementeiros forneçam o equivalente a 20% de variedades convencionais para garantir a implantação do refúgio.

– Todo agricultor produtor de milho sabe que os milhos Bt têm uma eficiência muito baixa hoje. Se o motivo dessa baixa eficiência é a falta de refúgio ou não, eu não sou cientista para dizer, mas todo agricultor sabe que o refúgio não foi feito como deveria. Pode estar aí o possível problema da falta de resistência desses milhos à lagarta – diz Carlos Augustin.

A pesquisadora da Embrapa Cerrados Silvana Paula-Moraes faz parte do grupo de trabalho do Ministério da Agricultura. Ela explica que o refúgio deve ser encarado como um dos pilares neste processo de defesa, mas as medidas devem ser muito mais amplas para que os resultados apareçam.

– Nós precisamos realmente de um entendimento que se faz do manejo da resistência da tecnologia. Este manejo envolve refúgio e muito mais. Além da recomendação das percentagens de refúgio, é preciso entender o quão importante são os aspectos operacionais do uso da tecnologia em nível de propriedade – explica.

Sair da versão mobile