De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a média nacional de valores pagos pela caixa de ovos brancos é de R$ 82. O excesso de oferta é um dos motivos para a baixa nos preços. Em julho, o Brasil exportou 48% menos do que no mesmo período do ano passado.
O produtor de ovos Eduardo Ino, de Suzano, no interior de São Paulo, diz que mesmo com as exportações menores, a remuneração continua favorável. “Sinceramente para nós não tem afetado muito. Estamos conseguindo atender de forma normal os nossos clientes”.
Ino é criador de galinhas – negócio que cresceu de geração para geração. Atualmente, são mais de 800 mil aves produzindo. “Meus avós deixaram o Japão há mais de 50 anos atrás e começaram a granja como imigrantes. Passou para a geração do meu pai e, hoje, somos meus irmãos e eu”, conta.
Na propriedade, são aproximadamente 10 aviários automatizados. As galinhas ficam em gaiolas e os ovos colocados rolam para esteiras, sendo levados por um elevador até uma sala de coleta e posteriormente de seleção. Por mês, aproximadamente, 50 mil caixas de ovos com 30 dúzias são produzidas.
Cada caixa custa a Ino R$ 78, e é vendida a R$ 88 reais. O volume produzido na granja é o mesmo do ano passado. Em compensação, o produtor está ganhando mais, porque as despesas eram maiores em 2016.
“Aqui nós também temos um problema de custo: a nossa produção na região da grande São Paulo é um pouco maior comparada às regiões produtoras de grãos, que é onde você concentra a maior parte dos grandes produtores de ovos. A ração representa mais de 50% do custo de produção. O milho e a soja em termos de quantidade representam mais de 85% de um total de ração”, explica.