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Para sair da crise, setor arrozeiro quer aumentar comércio de derivados

Uma das reivindicações é que as compras públicas federais de alimentos para abastecer escolas, por exemplo, deem prioridade ao produto

Fonte: Divulgação/Pixabay

O setor produtivo do arroz quer aumentar comercialização de derivados do cereal e, para isso, pede apoio do governo para priorizar o produto em compras públicas. O assunto esteve em debate em audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira e, segundo a diretora da associação de arrozeiros de Palmares do Sul, município do Rio Grande do Sul reconhecido pela qualidade do arroz, é preciso investir em comunicação para que os derivados se tornem populares no país.

“Nossa ideia é que esses produtos sejam facilmente encontrados e não estejam só em boutiques ou em casas especializadas, mas que qualquer pessoa possa acessar dentro de qualquer supermercado. Atualmente, se for utilizado mais esses subprodutos do arroz, o produtor tem um ganho maior porque a farinha do arroz é, por si só, mais cara do que o arroz”, disse Lívia Carvalho.

Já o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria do Arroz, André Barreto, enxerga na logística um desafio para levar esses produtos a todo o país, principalmente aos portadores da doença celíaca, que são intolerantes ao glúten e têm o arroz como alternativa alimentar. “O consumo do grão in natura está caindo, então a gente está procurando incrementar a utilização do arroz com seus derivados. A dificuldade é para a indústria, que enfrenta tributação elevada e problema de logística para distribuir isso no país e atingir o público com maior eficiência”, disse.

Barreto afirma ainda que a demanda centralizada é um problema, pois existem seis milhões de celíacos que estão espalhados pelo Brasil todo. “Nós não podemos mandar um pouquinho de farinha pra cada um, pois nós temos que ter a indústria e a uma boa distribuição”, completou.

O setor produtivo quer mais apoio do governo para comercializar produtos derivados do arroz e uma das reivindicações é que as compras públicas federais de alimentos para abastecer escolas, por exemplo, deem prioridade ao produto, o que ajudaria a reduzir as importações de trigo e fomentaria a produção de arroz.

O secretário nacional de segurança alimentar e nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Caio Rocha, disse que o governo pretende aumentar as compras públicas de alimentos da agricultura familiar no próximo ano e pode incluir derivados do arroz nessas aquisições. “Neste ano nós compramos em torno de 60 milhões e, em 2017, queremos ampliar para R$ 260 milhões. É evidente que a cadeia produtiva do arroz entra nesse processo, pois temos aquela questão das pessoas que têm problema de alergia e tem a questão do glúten, com os celíacos. Este é um nicho que se abre para que se possa gerar mais emprego nessa cadeia produtiva, para que se possa até melhorar a qualidade da alimentação da nossa comunidade brasileira”, completou.

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