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Paraná quer ser livre de aftosa sem vacinação

Governo quer alcançar status até 2017, mas enfrenta resistência de pecuaristas

Fonte: Seapec

O Paraná pode se tornar o segundo estado brasileiro a receber o status de “zona livre de aftosa sem vacinação” em 2017. A possibilidade de reconhecimento, que geralmente é comemorada, abriu um amplo debate sobre os prós e contras da mudança.

O estado ocupa a 10ª posição no ranking de estados com a maior cadeia produtiva de bovinos. São aproximadamente 9 milhões de cabeças que geram uma produção de 200 mil toneladas de carne por ano, segundo o governo paranaense.

Hoje o bom desempenho do setor é atribuído principalmente aos cuidados na seleção de animais e ao cumprimento das normas sanitárias internacionais.

– Nós vacinamos duas vezes ao ano, no mês de maio nós vacinamos todos os animais com até 24 meses e em novembro nós vacinamos todo o gado, o rebanho total, de mamando a caducando. Nós nos preocupamos muito com isso, de ter um status sanitário que a gente possa ter tranquilidade de criar o nosso rebanho com qualidade – diz o pecuarista Jucival de Sá.

O Paraná reconquistou o status de livre de aftosa com vacinação em 2007, posto ocupado também por outros 22 estados do país e o Distrito Federal.

Apesar do bom desempenho no setor, o governo paranaense quer mais. Em abril, a Secretaria de Agricultura deu entrada no processo de reconhecimento do território estadual como livre de aftosa sem vacinação. Ao contrário do que acreditava o governo, a possibilidade de receber esse status tem causado desconforto entre pecuaristas e representantes do estado.

Para ser considerado zona livre de aftosa sem vacinação, o governo do Paraná tem até dois anos para cumprir normas técnicas e sanitárias exigidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A maior preocupação dos pecuaristas daqui é com investimentos em biossegurança já que o estado faz divisa com três estados e dois países.

– Nós queremos que esse gado tenha um estudo muito bem feito pra que isso não ocorra e a gente venha a perder todo esse trabalho, toda essa credibilidade que nós já conquistamos ao longo dos anos – diz Jucival.

A Secretaria de Agricultura do Paraná, por sua vez, afirma que tem disponibilizado recursos para preparar a cadeia produtiva a receber o status.

– Nós fizemos o pleito do exame da nossa condição. É claro que estamos investindo mais do que investíamos. Nós criamos uma nova estrutura pública da Apar [Agência de Defesa Agropecuária do Paraná], contratamos novos profissionais, estamos ampliando nosso esforço de vigilância, especialmente do trânsito de animais, o Ministério da Agricultura vai fazer uma auditoria na nossa capacidade de ação – diz o secretário de Agricultura, Norberto Ortigara.

Como zona livre de aftosa sem vacinação, o Paraná estaria habilitado para exportar carne a países com rigorosas exigências sanitárias, como a Austrália, o que poderia dobrar a receita e o volume das exportações de carne no estado. 

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