Em Extrema, Minas Gerais, um produtor de leite Renato de Souza conseguiu reduzir os custos de produção com tea silagem de soja. A novidade também contribuiu para aumentar a produtividade de queijos.
A propriedade tem 15 vacas da raça girolando em lactação, que fornecem 300 litros de leite por dia. Ele conta que a silagem de soja, com 40% de proteína, foi a alternativa encontrada para diminuir as despesas com a ração dos animais.
“Uma coisa que a gente conseguiu observar na prática foi na produção de queijo. A gente sempre usou uma receita de mais ou menos 300 litros, fazendo em torno de 55 peças. Com a entrada do silo de soja, a mesma quantidade de leite me rende até 65 peças, em torno de 500 a 600g. Teve um ganho de produtividade muito maior com a mesma quantidade de leite, pois o produto ficou com uma massa mais firme, o que gera mais queijo”, disse.
Atualmente, para comprar uma tonelada de ração seca, Renato gasta cerca R$ 2,5 mil. No plantio da soja para a produção de silagem, o custo fica em torno de R$ 200 reais a tonelada. “A silagem de soja é boa. No leite, dá uma diferença de gordura e mantém bem a vaca”, disse o tratador José de França Silva.
Segundo o extensionista agropecuário da Emater em Extrema, Hélio de Farias Neto, apesar dessas vantagens, a silagem de soja não substitui totalmente a de milho. “A soja aqui foi plantada em dezembro de 2019, foi colhida em março de 2020, e hoje, 29 de julho, foi aberto o silo. Hoje a gente vai também servir um pouco da silagem para algumas vacas para ver a palatabilidade. A silagem de soja não vai substituir a silagem de milho como muitos pensam, mas a soja tem menos matéria seca que o milho. Na nutrição do animal, fica faltando a silagem de milho para complementar”, disse o especialista.