O estudo Observatório da Criminalidade feito da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) traçou o perfil de ocorrência de casos registrados nas áreas rurais de 17 estados brasileiros. No levantamento, ficou constatado que 49% % dos crimes cometidos no campo são furtos e, a maior parte ocorre em propriedades de 500 hectares.
Logo atrás dos furtos, aparecem crimes como roubo, depredação e queimadas ilegais. De todos os crimes registrados, 54% foram praticados em propriedades de pecuária de corte e leite, mas as áreas de lavoura com cultivo de grãos, frutas, verduras e legumes também se destacaram nas ocorrências. No relatório, ficou apontado que a maioria dos crimes ocorre em propriedades mais próximas das sedes dos municípios.
“Não mais aquele ambiente rural de antigamente, no qual a família se reunia na época das férias com as crianças e passava um tempo tranquilo, ou mesmo com o produtor rural, que passa a semana toda lá”, falou o presidente da CNA, João Martins.
Diante dos resultados, a CNA reivindica 12 providências para aumento da segurança no meio rural, entre elas, a inserção de programas específicos para prevenção e controle da criminalidade, dentro da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social e inclusão de tipologia específica regionalizada das ocorrências criminais, para a padronização das informações.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, recebeu os dados e disse que vai analisar. “Nós vamos olhar as propostas, começando pelo projeto de lei que trata da questão de invasão de terra do deputado Nilson Leitão, que é muito importante. Nós vamos analisar as outras propostas com muito cuidado, incluindo a questão do desarmamento, que é um tema polêmico e precisa de discussão”, falou.
Além das mudanças na legislação, a CNA pede apoio do executivo federal no combate à criminalidade no campo. Por isso, o documento também será entregue ao ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Entre as propostas, está a criação de uma ouvidoria nacional para auxiliar e aperfeiçoar a atuação de órgãos da segurança pública no setor rural.
