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Pesquisadores buscam variedade de arroz mais resistente e produtivo

Para desenvolver novas sementes, são necessários até 12 anos de pesquisa

Fonte: Canal Rural

Pesquisas de desenvolvimento de novas variedades de arroz focam cada vez mais em produtos de maior produtividade e mais resistência. As inovações devem chegar ao mercado em um futuro não muito distante e a cidade da Camaquã, no Rio Grande do Sul, é uma das referências em produção de sementes.

O produtor Celso Bartz cultiva dois mil hectares de arroz na cidade e chega a colher oito mil quilos por hectare. O primeiro segredo para a boa produtividade, segundo ele, está na qualidade da semente. “Em um time de futebol, você começa pelo goleiro e, aqui na lavoura, acredito que tem que começar pela semente. Você tem que optar por sementes de qualidade e certificadas. Se cortamos a qualidade de sementes e insumos, a produtividade certamente será alterada”, falou.

Se o produtor de arroz busca maior volume e a indústria qualidade, o melhoramento genético entra como parte fundamental. Para desenvolver novas sementes, são necessários até 12 anos de pesquisa. “São quatro aspectos fundamentais que nós procuramos numa cultivar: a produtividade, a qualidade, a resistência a doenças e a estabilidade em produção”, disse o doutor em genética e melhoramento de plantas Edgar Alonso.

Atualmente, existem no mercado cerca de 20 variedades de sementes para arroz irrigado e sete para sequeiro, a maioria desenvolvida no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Desenvolvimento

Para criar uma cultivar híbrida ou convencional, o processo é bem parecido: são selecionadas variedades que existem no mercado, conhecidas como parentais, então são feitos cruzamentos entre duas ou três dessas variedades. Esse processo chega a demorar dois anos.

Na segunda etapa, é feita a seleção dos cruzamentos. Nesse momento os pesquisadores conseguem chegar a linhagens com características que o mercado quer e isso pode levar até oito anos. Já na terceira etapa do processo, é chegada a hora de identificar as linhagens com chances de virarem novas cultivares. É feita, então, uma espécie de seleção para definir as linhagens com alta produtividade e resistência às doenças. A fase final leva de dois a quatro anos para ser completada.

O teste final ocorre no laboratório, onde é checada a qualidade do grão e o cozimento. A semente que não é bem avaliada nesta etapa tem a produção suspensa.

Segundo Alonso, no entanto, boa parte dos produtores gaúchos não planta sementes certificadas e a consequência é a redução do potencial produtivo. 

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