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Pesquisadores usam predador para combater ácaro rajado

Um lote de ácaros predadores custa em torno de R$ 100 reais e a quantidade necessária depende do tamanho da infestação

Fonte: Embrapa/Divulgação

Pesquisadores do interior de São Paulo encontraram um método de combate ao ácaro rajado, uma praga de difícil controle e que ataca mais de 1,2 mil espécies de plantas. O controle biológico tem sido feito com outra espécie de ácaro, conhecido como macropilis, e que atua como um predador natural.

O produtor de orquídeas Fábio Dan, de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, tem se surpreendido com o resultado da aplicação em seu orquidário. “Na primeira aplicação, na primeira soltura que se fala, já deu pra ver o resultado. O recomendável é para 2 aplicações, mas, no meu caso, uma só já conseguiu resolver o problema”, disse.

A alternativa de controle veio da Associação dos Floricultores da Região da Via Dutra (Aflord), que tem criado o ácaro rajado em laboratório , usando folhas de feijão-de-porco. Depois, ele é levado para a estufa de criação do predador, que se alimenta e se reproduz a partir dele.

“As plantas são levadas com o ácaro rajado e ficam em torno de 15 dias, quando os ácaros predadores vão se alimentando dos adultos, dos ovos, das fases jovens e depois, quando a população dele estiver maior do que a do rajado, nós coletamos as folhas e liberamos para os produtores liberarem na produção deles”, dsise a agrônoma Nancy Miura de Moraes

Um lote de ácaros predadores custa em torno de R$ 100 reais e a quantidade necessária depende do tamanho da infestação. O recomendado é de 5 a 10 ácaros por metro quadrado, mas o produtor precisa monitorar a planta. O resultado poderá ser observado em até 20 dias.

De acordo com a agrônoma Sandra Shinoda, não existe nenhum risco na aplicação da técnica, pois ela é totalmente natural. “Ele já existe na natureza também e só se alimenta do ácaro rajado, que causa danos na lavoura.”

A criação de ácaros predadores tem o objetivo de fornecer uma forma mais econômica e sustentável para o controle de pragas, diminuindo principalmente o uso de agrotóxicos nos cultivos. Segundo especialistas, é possível diminuir em até 70% a aplicação de acaricidas em gérberas e crisântemos, e no caso de rosas e orquídeas, o uso poder ser até eliminado.

A técnica da utilização de ácaros predadores foi ensinada aos produtores pelo agrônomo e pesquisador do Instituto Biológico Mario Eidi Sato, que explica que a aplicação pode ser feita em outras culturas. “Nós começamos a pesquisa trabalhando com morangueiro e nessa cultura também havia problema sério de controle devido à resistência do ácaro aos acaricidas. Neste caso, uma das alternativas foi a liberação desses ácaros predadores e o resultado também foi muito bom, considerado excepcional”, falou.

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