Se a peste suína africana entrar no Brasil, a suinocultura local pode sofrer um prejuízo acima de US$ 5 bilhões — mais de R$ 20 bilhões, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Desde agosto de 2018, a doença vem tirando o sono de produtores na Ásia e Europa, e já resultou no abate de quase 7 milhões de animais.
De acordo com a pesquisadora Graziela Correr, o maior risco vem dos aeroportos. “A principal medida adotada é aumentar o controle de passageiros e bagagens, visto que a doença pode sobreviver em produtos cárneos”, comenta.
A especialista conta que o Ministério da Agricultura tem reforçado os trabalhos de prevenção à peste suína africana, treinando agentes, pedindo reforço das agências sanitárias dos estados para controlar suídeos em lixões e pedindo certificados de importação, principalmente de compras feitas de lugares onde a doença já foi registrada.
“O governo, através do ministério, tem participado junto à OIE [Organização Mundial da Saúde Animal] na comissão da América para atualizar as medidas no continente como um todo”, diz.