A Federação da Agricultura de Goiás (Faeg) projeta que o PIB agropecuário do estado irá crescer mais de 4% em 2021. A previsão está acima da aposta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para o aumento do PIB agro de todo o país no próximo ano, que é de 3%.
Em 2020, mesmo com a pandemia, a produção agropecuária em Goiás teve bons resultados. De acordo com a entidade, entre janeiro a outubro, o setor gerou quase 6 mil novos postos de trabalho no estado, o que representa 43% do saldo total de empregos. Nas exportações, outro grande destaque: 83% de todas as mercadorias goianas enviadas para fora foram de produtos agro. A receita gerada com essas operações foi de aproximadamente US$ 6 bilhões.
Para o presidente da Faeg, o deputado federal José Mário Schreiner (DEM-GO), as palavras de ordem para 2021 são desafio e retomada. “Tem muita conversa atravessada de taxar exportações. Nenhum país do mundo exporta impostos, eles exportam produtos. Impostos são gerados pelo consumo”, disse.
Apesar de a entidade ter divulgado que o milho primeira safra está registrando a menor área plantada desde 1972, acredita-se que haverá equilíbrio na segunda safra e crescimento em outras produções de grãos e carnes.
O diretor técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Edson Novaes, prevê elevação da produção pecuária. “A expectativa é de que no ano que vem a nossa produção de carne bovina cresça 1,4% e a de leite, 2%, principalmente pela retomada do consumo”, diz.
O Ifag também prevê aumento no consumo interno de aves da ordem de 2,5% e de quase 1% em carne bovina.