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Rural Notícias

PIB: 'Dados de julho e agosto dão sinais de recuperação no 3º trimestre'

O economista Gesner Oliveira comenta como deve se dar a reação da economia brasileira no segundo semestre de 2020

O impacto da pandemia da Covid-19 sobre a economia brasileira no segundo trimestre deste ano foi bastante profundo. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços do país, recuou 9,7% em relação ao trimestre anterior.

Em audiência pública no Congresso nesta terça-feira, 1º, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a expectativa é de uma retomada em V, com crescimento forte após uma queda abrupta.

O economista e sócio da GO Associados, Gesner Oliveira, afirmou, em entrevista ao Rural Notícias, que a pandemia causou a maior crise econômica global da qual se tem registro. Nesse ambiente, com exceção da China, todas as potências econômicas devem ter recessão.

“Houve um tombo — o maior recuo trimestral da história —, mas não foi o apocalipse que algumas pessoas chegaram a projetar em março e abril”, ressalta.

Passado possivelmente o pior momento, ele não acredita em um crescimento tão rápido quanto foi a queda, mas há sinais de que a economia começou a melhorar a partir de maio, com boa recuperação em julho e agosto. “É possível que, no terceiro trimestre, tenhamos um crescimento de 5% a 6% [em relação ao anterior]. Com um pouco mais [de crescimento] no último trimestre, o conjunto do ano deve fechar com uma queda de até 6%”, comenta.

Oliveira diz que o Brasil tem vários fatores a seu favor: dólar alto, demanda aquecida da China, capacidade ociosa e inflação e juros baixos, o que permite que a economia se recupere.

“Precisamos recuperar os investimentos. Dados das contas nacionais sobre formação bruta de capital fixo (investimentos) caiu. A taxa de investimento é baixa, de 15%. Temos que aumentar para que a economia cresça nos próximos anos”, defende, salientando que isso só será possível com credibilidade econômica e segurança jurídica. “As empresas e as famílias precisam ter um cenário claro sobre as reformas”, pontua.

Além disso, o economista afirma que a continuidade do auxílio emergencial, ainda que com uma mensalidade menor, e a criação de um programa social serão muito importantes para manter o consumo da população.

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