O período do vazio sanitário da soja no estado só vai ter início em primeiro de junho. Mesmo tendo um tempo a mais no prazo, o coordenador de campo Josenildo Nunes não quer deixar para última hora e já começou o extermínio das plantas guaxas. Na safra passada, ele teve problemas na lavoura por causa da ferrugem, sendo obrigado a gastar mais com aplicações de fungicidas.
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– A chuva veio mais tarde. Foi impressionante esse ano, choveu bastante e foi até mais difícil de controlar, mas estamos aí fazendo e controlando na medida do possível – diz.
Acompanhamos o fiscal federal do Ministério da Agricultura do estado Wanderlei Dias Guerra em uma visita ao município de Campo Verde, no sudeste de Mato Grosso. Logo na entrada da cidade, as margens das rodovias estão completamente carregadas de plantas “guaxas”.
– Esta ferrugem que está aqui é a ferrugem que já foi selecionada para a resistência, é a ferrugem que conseguiu escapar de várias aplicações durante a safra. Então esta é a ferrugem mais agressiva, que a cada ano entra na lavoura do produtor com as perdas de eficiência dos produtos e a tendência é de se agravar – afirma.
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Em algumas propriedades ao redor do município, há situações ainda piores, como uma lavoura de feijão que divide espaço com vários pés de soja, já produzindo grãos. A prática é errada, mas vem sendo adotada por muitos produtores no estado.
O fiscal alerta ainda que o clima deste ano pode favorecer a doença, e que por isso a atenção deve ser redobrada.
– Nessa safra que passou, a ferrugem não chegou cedo, porque a chuva não chegou cedo. Então se ele [produtor] ficar na expectativa que a ferrugem pode atrasar, e se chover cedo com esse tanto de guaxa, a ferrugem pode chegar cedo, e aí nós poderemos ter dificuldade de controle e pode ter prejuízo – diz.
