Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

População apoia, mas projeto que libera arma no campo continua travado em Brasília

Parlamentares esperam o melhor momento para colocar em votação uma mudança na lei que pode alterar as regras atuais do estatuto do desarmamento

Fonte: Pixabay

Os projetos de liberação de armas no campo estão próximos de serem aprovados no Congresso, mas, apesar da urgência assinalada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o assunto pode ficar parado no Senado, onde os parlamentares preferiram adiar a apreciação nesta quarta, dia 8, para evitar embate com a oposição.

A estratégia foi do senador Wilder Morais (PP-GO), que acredita não ter votos suficientes para a aprovação. “Chegamos a ensaiar colocar o projeto em votação, mas, como todo mundo sabe, esse é um projeto polêmico e não podemos errar na votação. Nós fizemos uma conta muito rápida e a gente poderia ter perdido por um voto, por isso voltamos ao trabalho com os senadores que não estavam na casa para que possa vir na próxima votação para que a gente tenha um número com segurança”, disse.

Este já é o terceiro adiamento de votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. O projeto é terminativo, ou seja: se aprovado na comissão, segue direto para o plenário.

Em consulta aberta no site do Senado, o projeto tem apoio da população. “A gente tem quase 260 mil a favor contra 10 mil contra. A população tem apoiado o projeto e acredito que, até o final do ano, vamos achar uma semana em que esteja o número de senadores favoráveis para a gente colocar o projeto em pauta”, disse o senador Morais.

O projeto de lei altera o estatuto do desarmamento, autorizando a compra de armas de fogo para produtores a partir dos 21 anos, desde que apresentem uma identificação pessoal, comprovante de residência no campo e atestado de bons antecedentes.

Na Câmara, o projeto do deputado Afonso Hamm (PP-RS) caminha no mesmo sentido de armar o homem do campo. O texto foi aprovado na Comissão de Agricultura e a expectativa é que seja votado no plenário da casa ainda este ano. “Nós vamos tramitar na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, onde não deveremos ter dificuldade. Por outro lado, se for pedido plenário, eu já fiz a solicitação ao presidente Rodrigo Maia para colocar em regime de urgência, mas acredito que vai dar mais ou menos o mesmo tempo de tramitação normal”, disse.

A proposta do deputado é de 2016 e tem basicamente o mesmo teor. As diferenças são: liberação a partir dos 25 anos de idade, ter treinamento de tiro e determinação que o uso de armas se dê apenas dentro da propriedade. O relator do projeto, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), deu parecer favorável.

“O campo se tornou um alvo fácil dos bandidos. Atualmente, a quantidade de fazendas que são invadidas e assaltadas impressionada qualquer pessoa e tem o agravante de o homem do campo não ter acesso ao 190 para poder chamar a polícia. Então, por que não permitir que ele possa ter direito de comprar uma arma para ter dentro de casa, protegendo a sua propriedade e a sua família?”, indagou Fraga.

O deputado Afonso Hamm, no entanto, não descarta a possibilidade de unir o projeto dele ao do senador Wilder Morais. “Se nós tivermos que anexar mais alguma coisa do Senado, ou vice-versa, faremos isso para oferecer segurança a quem vive no campo. Pela lei atual, fica impossível deixar os produtores com esse sentimento, onde acabam, muitas vezes, perdendo o apoio de seus familiares para continuar a viver no meio rural”, completou Hamm.

Sair da versão mobile