Empacotadores estão preocupados com as margens de lucro que estão desaparecendo com o preço do feijão acima de R$ 300. Isso porque o volume de venda está reduzido para equilibrar a oferta e a demanda. Além disso, os compradores do varejo estão segurando o produto.
O presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, afirma que esse ano é excepcional. “Nesta segunda-feira, 30, o mercado chegou a bater R$ 350 no interior de São Paulo, o que dá U$ 65 a saca, o que é um preço inédito em um período como esse”, relata.
Apesar dos altos preços, ele não acredita que há margem para a saca valorizar ainda mais. “Acredito que exista uma grande dificuldade por conta do consumidor, a partir do momento que o feijão bate R$ 350, ele se aproxima de R$ 9 o quilo na prateleira, o que diminui o consumo”, explica.
Em relação a possível volta do isolamento social, em consequência ao aumento de casos da Covid-19, Lüders ressalta que “no primeiro semestre, quando tivemos o primeiro episódio do isolamento social, o consumo aumentou 10%. A princípio, isso pode voltar acontecer, mas a questão é que não temos o feijão para abastecer esse mercado. Por outro lado, esperamos que esses preços estimulem os produtores”.