Os preços do milho no Brasil devem seguir fortes por causa do abastecimento apertado até a colheita da safrinha. O foco na Bolsa de Chicago é com a safra nos Estados Unidos e com a demanda da China.
De acordo com o analista da Safras & Mercado Paulo Molinari, o Brasil terá dificuldades de abastecimento até junho/julho. “A safra de verão será pequena e não deve atender todo o mercado. Com esse atraso do plantio da safrinha, será difícil”, relata.
Por causa da longa entressafra, o Brasil só terá milho a partir de meados de julho/ agosto. Mas, mesmo assim, o analista diz que não compensa importar o grão da Argentina. “Por enquanto não há condições de importar milho porque a safra argentina só começa em abril, e com os preços em torno de R$ 87 a R$ 90 nos portos, o milho argentino ainda é mais caro”, explica.
No mercado internacional, a safra americana vai começar em abril, o que deve manter os preços especulativos até o final do mês.
Outro aspecto importante é que a China, que tem importado volumes cada vez maiores. “A China é o novo player no mercado internacional de milho, e o mercado quer saber o quanto que o país asiático deve importar”, analisa.