Faltando menos de um mês para o início da colheita do milho safrinha em Londrina, no Paraná, os produtores rurais comemoram os bons resultados provocados pela chuva na hora certa e a falta de geadas, que chegaram a causar grandes prejuízos no ano passado. Apesar disso, no entanto, a comercialização não tem demonstrado boas perspectivas, já que o preço médio da saca não tem passado dos R$ 18, enquanto em 2016 o valor chegava a quase R$ 40.
Adão de Pauli é produtor rural e está orgulhoso da qualidade do milho plantado neste ano e espera colher 115 sacas de milho por hectare, bem acima da safra passada, quando produziu menos de 70 sacas. “A lavoura de inverno está se encaminhando bem, pois choveu na época certa, o que nos possibilitou uma boa produtividade e com variedades melhores”, disse.
“Nossa região tem um índice de geada, sempre tá geando, então você tem que trabalhar com a tecnologia as variedades de milho mais precoce, tem que colher mais cedo, plantar mais cedo para você tentar colher, mas no ano passado a geada foi dia 10 de junho então é difícil de escapar mesmo com as variedades” uma parte sobreviveu, colhi bem e uma parte colhi abaixo
da média, então teve uma média muito baixa”.
A expectativa, segundo o Sindicato Rural de Londrina, é de que a safrinha da região produza 2,39 milhões toneladas de milho, 40% acima do ano passado. “Esse ano foi excepcional e tenho certeza de que em cerca de 45 dias vamos acabar com uma safra muito interessante de milho”, disse o presidente do Sindicato Rural de Londrina, Narciso Pissinatti.
Segundo Pissinatti, com a safra elevada, o preço tende a cair. “Quanto mais oferta, menos preço. O produtor tem que ter um traquejo para não jogar fora o produto nessa época em que os preços estão muito baixos. Fazer uma expectativa guardando alguma coisa para ganhar mais daqui um tempo”, finalizou.