Três pré-candidatos à Presidência da República se declararam contrários à criação de uma tabela de preços mínimos do frete. O assunto foi debatido durante o Fórum de Mobilidade, promovido pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) na última quarta-feira, dia 18.
Segundo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o tabelamento pode aumentar em até 50% o custo de produção no agronegócio. A medida provisória que institui a cobrança deve ser sancionada pelo presidente Michel Temer nos próximos dias.
Para o pré-candidato Geraldo Alckmin, a decisão do governo em atender ao pedido dos caminhoneiros deveria também envolver o controle de preços dos combustíveis. Segundo Alckmin, não poderia haver reajustes diários porque quem depende do produto pode acabar prejudicado. De acordo com o ex-governador de São Paulo, o ideal seria que os reajustes fossem feitos a cada 30 dias.
Levy Fidelix propôs intervenções nos preços dos combustíveis e fez duras críticas ao atual governo. Já Henrique Meirelles, pré-candidato pelo MDB, foi mais ameno nas críticas à gestão Temer. Para ele, a paralisação dos caminhoneiros exigiu atitudes rápidas, mas uma solução de longo prazo seria mais investimentos em ferrovias.
A organização do evento afirma ter convidado todos os pré-candidatos à Presidência que apresentaram pelo menos 1% das intenções de voto em pesquisa realizada pelo Ibope no dia 28 de junho. Entretanto, alguns nomes como Jair Bolsonaro, Alvaro Dias e Rodrigo Maia não compareceram, alegando indisponibilidade de agenda. Já Ciro Gomes e Marina Silva chegaram a confirmar presença no Fórum, mas desmarcaram de última hora.