Após fevereiro terminar com acumulados acima dos 300 milímetros no norte do Maranhão e oeste da Bahia, março será caracterizado por chuva forte e acima da média para época do ano na Bahia, oeste de Pernambuco e sul do Maranhão e Piauí, todas as áreas com acumulado acima dos 200 milímetros.
Já no leste do Nordeste, é normal chover pouco nesta época do ano e muitos municípios receberão menos de 100 milímetros. A tendência é que a primeira quinzena de março seja mais chuvosa que a segunda na maior parte do Nordeste. Em abril, ainda há previsão de chuva acima da média em boa parte da região.
Sul
No Sul, fevereiro termina com chuva abaixo da média e março não será muito diferente. Há previsão de chuva entre a média e abaixo da média nos três estados, com acumulado total abaixo dos 50 milímetros no oeste, sul e leste do Rio Grande do Sul e entre 50 milímetros e 100 milímetros no Paraná e Santa Catarina.
A tendência é que a maior parte da chuva aconteça na segunda metade do mês, isto pode assustar um pouco os produtores de milho segunda safra do Paraná que vão ficar ansiosos pela umidade. Em abril, a chuva será mais generosa para o milho safrinha e deve se estender até o início de maio. Ondas de frio com características de outono continuarão a aparecer com destaque para a segunda quinzena do mês.
Sudeste
No Sudeste, o acumulado de chuva passou dos 600 milímetros no litoral de São Paulo e sul de Minas Gerais em fevereiro. O excesso de nuvens e de chuva fez com que fosse um mês com menor amplitude térmica com madrugadas até mais quentes que o normal, porém tardes entre o normal e um pouco abaixo do normal.
Março não será diferente e as frentes frias chuvosas permanecerão sobre boa parte do Sudeste, com acumulados acima dos 200 milímetros no norte de São Paulo e boa parte do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Boa parte da precipitação acontecerá na primeira metade do mês e pode atrapalhar o bom desempenho das lavouras de café e o início da colheita.
Centro-Oeste
Fevereiro termina com chuva forte e frequente em Goiás e Mato Grosso. Muitos municípios dos dois estados receberam mais de 300 milímetros. Em Mato Grosso do Sul, por outro lado, a chuva não foi tão intensa e o acumulado variou entre 100 milímetros e 200 milímetros. Justamente por isso o plantio de milho segunda safra no estado está atrasado em relação ao mesmo período do ano passado. Estamos com apenas 17% das áreas semeadas de milho e em 2019 tínhamos 44% do plantio já concluído. A falta de umidade está atrasando os trabalhos este ano.
Em março, a chuva mais intensa prosseguirá sobre o norte da região, com acumulados acima dos 200 milímetros em Goiás e no sul, centro, leste e norte de Mato Grosso. Em Mato Grosso do Sul e no sudoeste de Mato Grosso, estima-se acumulado entre 100 milímetros e 200 milímetros.
Na primeira quinzena, a expectativa é de chuva intensa e persistente sobre o Distrito Federal e norte de Mato Grosso e de Goiás. Já na segunda quinzena, a precipitação mais intensa acontecerá sobre Mato Grosso do Sul, boa parte de Mato Grosso e sudoeste de Goiás. Março não será dos meses mais quentes.
Norte
No Norte, há previsão de chuva acima da média nos próximos 30 dias no Tocantins, Pará e partes do Amapá, Amazonas e Rondônia. Por outro lado, Roraima e Acre devem terminar o mês com acumulado inferior a média histórica. Mesmo com alguns desvios negativos, a quantidade de chuva em toda a região Norte será elevada, passando dos 200 milímetros. Somente o norte de Roraima terá um mês seco, quase sem chuva alguma, algo normal para época do ano.