Nesta quinta-feira, 14, o destaque continua sendo as chuvas na maior parte do Brasil, com potencial para acumulados elevados. O tempo fica fechado e com chuva a qualquer hora desde o sul do Mato Grosso até o sul e Sudeste do país. Ainda há riscos de temporais em todo o Centro-Oeste, em grande parte do estado de São Paulo, no oeste e sul de Minas Gerais como no oeste do Rio de Janeiro. Corumbá, em Mato Grosso do Sul, recebeu mais chuva em 24 horas do que o esperado para todo o mês: foram 180 milímetros sendo que a média gira em torno dos 150. Até o fim do mês a chuva pode dobrar o esperado para janeiro em algumas áreas.
No Centro-Oeste, a chuva promete ser volumosa e com acumulados que podem passar dos 100 milímetros entre o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul e o oeste e sul de Goiás. Não se descartam transtornos também nas demais áreas da região, que também vão receber fortes chuvas, tudo por influência de uma área de baixa pressão atmosférica entre o Paraguai e o oeste da região Centro-Oeste e mais dois vórtices ciclônicos nos médios níveis da atmosfera, um em Mato Grosso e outro entre Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
“Atenção que um desses vórtices, em Mato Grosso, ajudará também na chuva volumosa em Rondônia, com trovoadas e rajadas de vento”, explica Willians Bini, da Somar Meteorologia. Na região de Cacaulândia, 34 animais foram mortos por um raio. Bini ressalta que em todas essas áreas têm riscos para raios, rajadas de vento e até eventuais quedas de granizo.
No Sudeste, a chuva continuará volumosa e com riscos para mais alagamentos e deslizamentos de terra na maior parte do estado de São Paulo, no oeste de Minas Gerais, como no Triângulo Mineiro, o que pode prejudicar, mais uma vez, as áreas de café. Aliás, nessas áreas além de raios e ventos, há riscos ainda de queda de granizo.
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Na costa do Paraná e de São Paulo, ainda tem a frente fria, que ajudará na chuva constante e volumosa em toda a costa desses estados, além de municípios próximos dessas regiões, até mesmo no Rio de Janeiro, com riscos para mais alagamentos e até deslizamentos de terra. Além de rajadas de vento em torno dos 50km/h.
Destaque também para a chuva volumosa no leste de Santa Catarina, pois além da frente fria tem uma área de alta pressão atmosférica que traz chuva constante e de moderada intensidade nessas áreas catarinenses, com riscos para alagamentos e até deslizamentos de terra.
Pancadas isoladas de chuva também são esperadas entre o norte do Rio Grande Sul e norte do Paraná. Por outro lado, o tempo segue firme na maior parte do Rio Grande do Sul. Como o centro de alta pressão atmosférica está mais entre o leste do estado e o mar, o frio segue apenas no leste da região Sul, já na faixa oeste da região, volta a esquentar um pouco.
No Nordeste e no Espírito Santo, a atuação da borda do Vórtice Ciclônico nos Altos Níveis da Atmosfera trará pancadas fortes de chuva pelo Nordeste do país e com volumes elevados, no extremo leste capixaba e no oeste baiano, com riscos para alagamentos. Aliás, há destaque também para a chuva volumosa entre o sul do Pará, no Tocantins, no sul do Piauí e do Maranhão, o que corresponde também à região do Matopiba. Tempo firme no nordeste da Bahia até o centro do Ceará, passando pelo Rio Grande do Norte, e centros da Paraíba e Pernambuco, devido a uma massa de ar mais seco nessas áreas.
Mas de maneira geral, no Norte e boa parte do Nordeste, a chuva é espalhada e na forma de pancadas, no decorrer do dia, só que com sua maior intensidade e abrangência no período da tarde.
