Pesquisas demonstram que problemas no cascos dos bovinos são um dos principais entraves na atividade. Lesões na região podem acarretar na perda de 30% da produção, de acordo com o zootecnista Alexandre Stockler Bojikian. “Se você leva em consideração que depois há queda na produção de carne, leite e desempenho reprodutivo, o prejuízo pode ser ainda maior”, diz. Além disso, ressalta o especialista, soma-se também o gasto com o tratamento do animal, que impactará diretamente nos custos de produção.
Mancar é o primeiro sinal dado pelos animais nesses casos, o que também é chamado de claudicação. Bojikian diz que as doenças mais comuns ou mais frequentes no rebanho brasileiro são aquelas causadas por agentes infecciosos. “Muita umidade e matéria orgânica proporcionam a contaminação do ambiente por bactérias e elas acabam pegando nos animais”, explica. Os fatores genéticos e nutricionais também podem facilitar para doenças.
Aparando os cascos dos animais é possível corrigir imperfeições nos aprumos e evitar patologias graves que causam as manqueiras. Em Uberaba, no Triângulo mineiro, acontece um curso gratuito da técnica de casqueamento, parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e o sindicato rural da cidade.
O pecuarista Libério Neto, que participa das aulas, diz que a prevenção é o melhor remédio. “O custo do cuidado é menor que o do reparo. Se prevenirmos, não teremos problemas mais sérios”, diz.
Veja dicas para realizar o casqueamento