Os EUA são o segundo maior exportador mundial de carne de frango. Após a confirmação de gripe aviária, países que antes não negociavam com o Brasil mostram-se interessados. Paquistão e Malásia abriram o mercado às exportações e contribuem para a recuperação do segmento. Em comparação com o mesmo mês de 2014, o volume comercializado ao exterior em março cresceu 7%, enquanto a receita aumentou 29,2%.
O vice-presidente de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, estima um aumento de 100 mil a 300 mil toneladas vendidas ao exterior em 2015. A suinocultura também deve alavancar exportações. No próximo mês, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMC) reconhecerá Santa Catarina e Rio Grande do Sul como estados livres da peste suína clássica. Segundo analistas de mercado, este movimento deve ocorrer no médio prazo, a partir de 2016.
– No curto prazo, não acredito em aumento de volumes porque a produção brasileira está estagnada e se recupera recentemente da greve de caminhoneiros – destaca o diretor de Mercados da ABPA, Jurandi Machado.
Já o consultor de mercado Osler Desouzart é cauteloso ao tratar a questão sanitária como oportunidade de mercado, tanto no caso de aves como de suínos:
– Já aconteceram outras crises sanitárias e isso pouco impactou nas exportações. O que conta, na verdade, é a relação de forças no mundo globalizado – detsaca. Ele acredita que os impactos da gripe aviária nos EUA e a peste suína clássica no Leste Europeu devam ser minimizados.
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