Os números divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam um crescimento de 50,2% na produção de algodão do estado, totalizando 1,302 milhões de toneladas na safra 2016/2017. A produtividade aumentou 17%, com média de 112 arrobas por hectare.
“Tivemos produtividades excepcionais. Na média, ficou muito boa a produção do estado. Estamos com um ano excelente”, afirma o diretor-presidente da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Alexandre Pedro Schenkel.
Luis Antônio Huber gerencia uma fazenda em Jaciara (MT). Lá, foram cultivados mais de dois mil hectares e a safra terminou com produtividade 5% maior do que o previsto. “Tiramos em média umas 270 arrobas por hectare no algodão safrinha, um rendimento de 43% de plumas. No ano passado, com a seca, fechamos em torno de 250 arrobas”. Segundo ele, a fibra também foi muito bem nessa temporada. “Um ano para comemorar e que continue assim nos próximos também”, diz.
A onda de bons resultados desse ciclo estimulou o produtor de algodão de Mato Grosso. Schenkel fala em crescimento de 10% a 15% na área. “Estamos com um crescimento, com uma solidez muito boa. Isso faz com que o produtor tenha uma estabilidade na questão econômica e no preparo da sua terra para poder aumentar”, explica.
Atenção, produtor!
Com o algodão colhido, já começou o vazio sanitário nas regiões que ficam no centro-sul do estado. Na região norte, o período que ajuda no combate ao bicudo-do-algodoeiro, principal praga da cultura, inicia-se no dia 15. Nos dois próximos meses, o produtor tem que destruir as plantas guaxas — mudas sobreviventes da colheita da safra anterior.
“Já tivemos problemas com bicudo e tivemos muitos prejuízos. Em algumas áreas, calculamos que perdemos 60 arrobas por hectare. Por isso que no dia do vazio sanitário tem que estar tudo pronto, tudo eliminado, sem nada de rebrota de tiguera, sem nada”, enfatiza Huber.