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Produção de algodão pode ser 10% maior em Mato Grosso

Condições climáticas favorecem investimentos nas lavouras; agricultores esperam produtividade de até 300 arrobas por hectare 

Fonte: Antonio Alencar/Canal Rural

Animados com o clima favorável e a boa janela, produtores de algodão de Mato Grosso iniciam o plantio das safras 2016/17. A estimativa é de uma produção 10% maior do que a passada. 

Neste ano, o produtor Carlos Alberto Schneider não perdeu tempo. Conseguiu plantar a primeira safra de algodão dentro do período ideal. As plantas estão em bom desenvolvimento, favorecidas pelo clima.

O agricultor está otimista com a produtividade. “A chuva tem caído de forma regular e isso é importante, principalmente para o algodão, que é uma cultura longa e susceptível ao clima. Aguardamos uma produtividade de 300 arrobas por hectare na safra e 200 na safrinha”, comenta o produtor. 

Para Carlos, a semeadura do algodão safrinha vai esperar um pouco. A área que ele vai usar ainda está ocupada pela soja. Já em uma propriedade vizinha, a colheita da oleaginosa está a todo vapor e a ordem é não perder tempo. O gerente técnico Luis Antônio Huber acredita que a velocidade será essencial. 

“O safra já foi plantado. O safrinha está em 25%. Deu uma paradinha que estávamos colhendo soja e deu um intervalinho. Agora voltamos a colher e plantar novamente. Não tem tempo a perder. Uma equipe colhe soja e outra já vai plantando algodão”, afirma. 

Segundo Huber, dois fatores são fundamentais para o início de safra: o clima favorável e a janela de plantio, que está dentro da ideal para o cultivo da segunda safra de algodão. 

De acordo com o último levantamento feito pelo Instituto Matro-Grossense de Economia Agropecuária, o Imea, a produção esperada nas duas safras de algodão é de 2,4 mil toneladas, crescimento superior a 10%. A grande reclamação dos produtores fica por conta do custo de produção, que também cresceu, custando R$ 8,9 mil por hectare. 

“Os químicos e os adubos estão em torno de 8% a 10% mais caro, a mão de obra também ficou mais cara. Estimamos aí em torno de 8% a mais de gastos esse ano na lavoura”, destaca Huber. 

Se os custos preocupam, otimismo não falta para uma remuneração melhor. “Sabemos que o Brasil exporta metade de tudo que se produz na cadeia do algodão e a produção mundial será menor do que o consumo. Isso vai fazer com que os estoques de passagem da pluma se reduza e, consequentemente, os preços somem. Em linhas gerais, acreditamos que os preços estão melhores do que no ano passado”, conclui Schneider. 

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