Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Produção do gengibre cresce com moda de restaurantes japoneses

Há cerca de dez anos, o consumo do gengibre era sazonal e ocorria principalmente nas épocas de festas juninas

Fonte: Pixabay

A colheita de gengibre no interior de São Paulo está a todo vapor. O clima ajudou e Tapiraí (SP), o município que mais produz a raiz no Brasil, prevê uma safra 50% maior em relação ao ano passado. Produtores da cidade estimam uma safra 50% maior do que o ano passado, em um volume de aproximadamente 4,5 mil toneladas da raiz.

O aumento da área plantada em Tapiraí encontra explicação principalmente no consumo. Há dez anos, a demanda nacional pela raiz se restringia a esse período do ano por causa das festas juninas, mas os números atuais mostram que o gengibre caiu de vez no gosto do brasileiro.

“Hoje a gente tem 80% consumido no mercado interno por conta dessas redes de restaurantes japoneses. São vários fatores que deixam o gengibre com qualidade ótima e com demanda grande no mercado. O mercado interno hoje absorve 80%”, falou o engenheiro agrônomo Raul Rozas.

O preço da caixa de gengibre que, em dezembro do ano passado chegou a R$ 100, animou o produtor Salum Tavares. Ele investiu em adubo, preparou a terra e plantou o dobro da área usada em 2015. “A produção rendeu o dobro do ano passado, não dá para reclamar”, disse.

São Paulo e Espírito Santo têm juntos a maior área plantada de gengibre do país. Mas, ao contrario das lavouras paulistas, as capixabas sofreram com a falta de chuva. A quebra, porém, deve ser suprida com a alta produção esperada em Tapiraí. Do ano passado pra cá, as plantações de gengibre na região cresceram 30%.

“O pessoal tem investido na cultura do gengibre, na produção, além da questão de maquinário e a estrutura de espaço físico”, disse Rozas.

Com a boa oferta, o preço da caixa de 20 quilos registra um dos piores valores pagos ao produtor nos últimos anos: média de R$ 20. Mas, quem trabalha em uma safra farta não tem reclamado.

Mercado internacional

Se no mercado interno, o gengibre é sinônimo de boas novas, nas exportações, o produto perdeu espaço. Em 2015, o galpão de beneficiamento do exportador Koichi Kawabata, em Pilar do Sul, também no interior de São Paulo, já tinha preparado quatro contêineres da raiz que foram para o Canadá, Estados Unidos e Europa. Neste ano, com a boa safra de gengibre na China, por aqui as negociações ainda nem começaram.

“Ano passado eu comecei em maio e essa época já estavam a pleno vapor na exportação. O produto brasileiro é bom, tem qualidade, mas só precisa um pouquinho de paciência, já que a previsão chinesa é muito grande”, concluiu Kawabata.

Sair da versão mobile