A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima queda de 6% na produção de soja, passando de 113,93 milhões de toneladas na safra anterior para 107 milhões de toneladas na temporada 2017/2018. Porém, deve seguir como o grande produto do mercado brasileiro na safra atual. A preferência pela cultura é explicada, principalmente, pela liquidez. Desse volume, 64 milhões de toneladas devem ser destinadas à exportação.
“É um produto que tem maior rentabilidade. Então, sem dúvida, em uma competição entre milho e soja na primeira safra, certamente o produtor deve optar mais pela soja”, diz Wellington Teixeira, superintendente de Gestão da Oferta da Conab.
A safra de milho também deve recuar. A perspectiva é de que o país produza 95 milhões de toneladas, queda de 2% ante as 97,19 milhões de toneladas da safra 2016/2017. Ainda assim, existe a expectativa de redução acentuada no preço da cultura. Na região norte de Mato Grosso, por exemplo, a saca deve variar entre R$ 8 e R$ 11.
“O produtor tem que plantar aquilo que ele está vendo que vai dar mais dinheiro. Essa é uma lógica econômica. Não tem como fugir disso”, afirma o diretor do Departamento de Comercialização do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos.
Em relação ao feijão, os preços devem ficar, em média, entre R$ 100 e R$ 150 reais por saca. Para carnes, problemas de sanidade na China e União Europeia e a redução de custos com insumos sinalizam um cenário mais otimista.