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Produção semi-hidropônica de morangos cresce em São Paulo

Investimento é caro, mas pode produzir frutos o ano inteiro e melhorar a qualidade do trabalho 

Fonte: Venilton Küchler/ SESA

Produzir morango com custo menor e durante todo o ano. Foi assim que um produtor do interior de São Paulo desenvolveu um sistema de produção hidropônica da fruta. Quem também gostou da ideia foram os trabalhadores, já que o sistema facilitou o manejo. 

Plantar morango direto na terra é coisa do passado. A tecnologia avançou, e agora o manejo pode ser feito sem esforço graças às novas estruturas. Cada vez mais popular, a produção semi-hidropônica é uma das principais diferenças do produtor Roberto Ferrari, de Itatiba (SP). 

“A vantagem é muito grande. Por exemplo, a mão de obra cuida do dobro dos pés que cuidaria no campo. A produtividade é maior. A variedade que temos aqui produz o ano inteiro”, destaca Ferrari. 

Roberto Ferrari começou a utilizar o sistema há três anos. Antes, o plantio era normal. No começo, o produtor optou pelo slab – espécie de sacola cheia de substrato, onde é feito um furo e a muda é plantada. Só que não houve adaptação ao modelo. Em seguida, a ideia foi montar o coxo, que nada mais é do que uma estrutura de madeira envolta em plástico substrato. Assim, o método de produção se estende pelo ano interiro. 

O sucesso para conseguir um bom fruto, segundo o produtor, está no adubo feito de fibra de coco, palha de arroz carbonizado e espuma fenólica para a absorção da água. Uma das vantagens também está na economia com defensivos. Já que o plantio não é feito diretamente na terra, Roberto Ferrari consegue eliminar até 90% das pragas. E, ao menos duas vezes por semana, recebe orientação de um técnico agrícola. 

Para adotar o sistema é preciso investir alto. Roberto Ferrari gastou cerca de R$ 35 mil para construir cinco estufas, os suportes de madeira e o sistema de irrigação que é feito por meio de gotejamento. Ao todo são 25 mil pés de morando. E o produtor garante que colhe o ano inteiro. São 500 kg por semana das variadas San Andreas e Albion. 

“Compensa devido a uma série de fatores, como melhoria de produtividade, economia de mão de obra. Os defensivos que são usados aqui são muito menores. Adubação que encarece um pouco por ser hidropônica, mas acaba de alguma forma sendo mais barato do que produzir no campo”, completa. 

De acordo com o técnico agrícola, quem tiver interesse pelo sistema precisa primeiro ter conhecimento de alguns fatores antes de investir. 

“Primeiro tem que ver se tem mercado para isso. Segundo, ver a disponibilidade dos insumos necessários. Se tem boa revenda dos adubos, sais que precisa, disponibilidade de tecnologia como o gotejamento”, aponta. 

São os pequenos detalhes que impulsionam a chance de uma boa safra. Bom para o consumidor, que terá morangos o ano inteiro. 

“É muito confortável trabalhar com esse sistema. Os funcionários adoraram. Isso proporciona qualidade melhor do que tinha no campo, porque trabalhar abaixado não é muito fácil não”, completa Roberto Ferrari. 

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