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Produtividade da pecuária cai 18% em 2017

Com lucro menor devido aos preços do milho no ano passado, produtor diminuiu o investimento tecnológico

Fonte: Embrapa

A queda na margem de lucro do pecuarista, consequência da alta no preço do milho no ano passado, refletiu diretamente na produtividade de 2017. De acordo com dados divulgados pela Agroconsult, no encerramento do Rally da Pecuária, passou de 11 arrobas por hectare ao ano para nove arrobas por hectare ao ano – cerca de 18%.
   
Com o lucro menor, o produtor diminuiu o investimento tecnológico. Para o diretor titular do Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp), Mario Sergio Cutait, os números mostram que economizar com esse custo não compensa.

Cutait explica que o pecuarista é muito resiliente: uma hora investe um pouco mais; em outra, menos. “Mas ele sempre produz! Não tem outro caminho senão produzir mais usando menos, para nós termos uma carne segura e ao custo competitivo para o consumidor final. Então, nós temos hoje uma luta no agronegócio. Podemos produzir na mesma terra: carne, floresta e grãos. Tudo é uma questão de eficiência e produtividade. Tem que usar ciência em cima disso”, pontua.

Com relação à qualidade das pastagens, as condições climáticas favoreceram. O índice de áreas degradadas se manteve em 3%. No entanto, o coordenador de Pecuária da Agroconsult, Mauricio Palma Nogueira, destaca que não basta depender do clima, é preciso investir em reforma e recuperação.

“As pastagens melhores, que são aquelas em que nós não temos problemas, dependem de clima. A que está em estágio avançado de degradação é erro de manejo, e o ideal era não reformar esse pasto. Ele teria que ter recuperado antes, para usar menos dinheiro e fazer um negócio mais enxuto”, diz Nogueira.

Ao contrário do que se esperava, a Operação Carne Fraca não prejudicará as exportações, que podem crescer de 5% a 10% em relação a 2016, chegando a 1,9 milhão de toneladas.

“Nós somos bons no que fazemos. Temos produtividade, genética, nutrição e manejo que ninguém tem. O Brasil é o único país do mundo que na propriedade se tem 20% de reserva florestal. Somos bons no que fazemos. Nós produzimos alimentos seguros. A carne é segura, boa e tem bom sabor”, afirma Cutait. 

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