“O produtor rural brasileiro é um exemplo e precisamos comunicar melhor isso e até extrair valor financeiro das atividades que faz para [proteger] o meio ambiente”. A opinião é de Matheus Marino, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, uma das grandes cooperativas do Brasil. Segundo ele, o produtor é o guardião do meio ambiente. ”Ele depende da água, da temperatura, da biodiversidade”, enumera Marino.
Ele afirma que a Coopercitrus oferece diversas soluções de sustentabilidade para seus mais de 38 mil associados. Muitas delas estão sendo apresentadas na Semana de Meio Ambiente da cooperativa. O executivo afirma que há produtores que precisam recompor matas ciliares e áreas de preservação permanente. “Nós temos um projeto de mudas, um projeto de licenciamento que o auxilia nessa atividade. E a demanda por esse projeto é enorme”, disse.
“Nós temos atividades que fixam o carbono, ou seja, [promovem] a redução de gases de efeito estufa no meio ambiente, [fixando-o] no solo, mudando práticas culturais. A partir do momento que alguém do time técnico vai num agricultor, propõe plantio direto, faz cobertura vegetal, utiliza vant [drone] para sistematização de plantio e redução do fluxo de enxurrada, erosão, assoreamento de rio, você gera um banco de carbono, de matéria orgânica, no solo”, conta.
Marino lembra ainda que não existe sustentabilidade se não houver a contrapartida econômica. “E talvez aí fique a lição para nós, como agentes envolvidos no agronegócio: precisamos vender mais as nossas iniciativas, capturar valor, e mostrar que o agronegócio faz bem para a sociedade”.