O fruticultor Luiz Kumagai, de Campinas (SP), utiliza uma técnica de manejo comum entre os cafeicultores para produzir goiabas. Na propriedade, é fácil identificar o sistema integrado aliado à plantação adensada. Cada pé produz, em média, 300 frutos.
“Estou em Campinas, uma região onde as áreas estão ficando complicadas. Então optei por um manejo que nosso espaçamento de plantio de seis por três, com o qual nós temos um volume de quase mil pés por hectare”, explica o produtor.
Para evitar a presença da mosca da fruta, cada funcionário ensaca, por dia, quatro mil pés. Cuidado que, segundo o pesquisador científico do instituto biológico Miguel Souza Filho, é essencial no manejo. “Tem também o borbulho, um besouro que ataca as frutas. O ensacamento é um controle dessa praga”, conta.
No sistema integrado tudo é reaproveitado. Desde a chuva ao mato que cresce por lá. Pode parecer que ele está alto, mas o objetivo é fazer uma cobertura verde, que vai beneficiar o solo e, consequentemente, o pomar inteiro.
A palhada tem papel fundamental para manter a umidade do solo. “A estrutura da nossa planta está toda no solo. Trabalhamos com muitas bactérias e elas trabalham por nós. Tem produtos que ajudam de uma forma espetacular e não precisamos utilizar tantos produtos químicos”, conta Kumagai.
Segundo Souza Filho, o mato proporciona áreas de refúgio para os insetos e outros inimigos naturais das pragas. “Ou seja, ele vai incentivar o controle biológico das pragas”, afirma.