O levantamento aponta que a produção nacional de milho na safra 2014/15 deve ficar próxima de 79 milhões de toneladas. Uma redução de 1,3% em relação à safra passada.
Neste ano, o produtor rural Airton Alberton plantou 150 hectares de milho, em uma fazenda localizada no oeste catarinense. Uma redução de 20% em comparação com a safra anterior. O baixo preço pago pelo grão e o aumento nos custos de produção desanimam o produtor.
– A gente achava que esse incremento das indústrias que consomem milho faria diferencial para o incentivo no cultivo do grão, mas isso não aconteceu. Nem este ano, nem o ano passado. Isso nos deixa de mãos atadas no que fazer – declara Alberton.
Na região Centro-Oeste, maior produtora de milho segunda safra, a área plantada foi praticamente a mesma. Cerca de 5,747 milhões de hectares. Em Mato Grosso, estado que representa 35% da produção nacional, boa parte do cultivo da segunda safra foi realizado fora da janela de plantio. Mesmo assim, a expectativa é de bons níveis de produtividade.
– O grosso do plantio do milho aconteceu entre o final de fevereiro e meados de março, que não é uma janela muito interessante a produção de milho. As chuvas vão perdendo força entre os meses de abril e maio. O nosso histórico no mês de maio é de 70 milímetros – conta o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Romeu Pereira.
A situação do câmbio tem favorecido as exportações brasileiras e garantido preços firmes no mercado interno. Porém, segundo o analista da FNP Economics, Aedson Pereira, a oscilação no preço do dólar pode modificar esse cenário nos próximos meses.