Mesmo com anúncio de banimento gradativo, produtores já enfrentam dificuldades para comprar o herbicida paraquat. O setor trabalha com prazo de até dois anos para reverter a situação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o banimento anunciado no fim de setembro.
O foco é fazer uma força-tarefa das entidades de produtores com empresas responsáveis pelo produto. “Nós vamos nos juntar às empresas e solicitar que elas façam estudos e que apresentem para a Anvisa. O paraquat é um herbicida que não foi banido em nenhum lugar do mundo, então eu acho que não tem porque banir esse produto aqui no Brasil, já que ele é muito importante e os agricultores utilizam para fazer o plantio direto”, disse o presidente da Câmara Temática de Insumos do Ministério da Agricultura, Júlio Cezar Busatto.
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A previsão da Anvisa é banir o agroquímico em três anos. Nesta safra, o produto ainda pode ser utilizado em algumas culturas, dentro de algumas regras de aplicação, mas produtores já estão enfrentando dificuldades para encontrar o produto.
“O grande problema é que se criou uma celeuma. Os produtores, por exemplo, começaram a reclamar que não estão mais conseguindo receber o paraquat que haviam comprado. Então, alguns fornecedores chegaram a negativar a entrega do produto, gerando um impacto direto, ainda que a resolução da Anvisa tenha sido sobre o uso como dissecante e algumas outras restrições”. comentou o diretor-executivo da Aprosoja Fabrício Rosa.
